O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Gláucio de Abreu Castañon, classificou como “psicopata” o homem que está preso pelo triplo assassinato dos motoristas de aplicativo em Várzea Grande. O sindicalista ainda “convocou” o Congresso Nacional a refletir sobre as atuais leis penais do Brasil.
Gláucio comentou também sobre o fato de o Ministério Público (MPMT) ter solicitado que a Polícia Civil, por meio da Corregedoria, investigue possíveis abusos praticados durante a prisão de Lucas Ferreira, 20 anos. A reclamação foi feita durante audiência de custódia, na terça-feira (16), em que flagrante foi convertido em prisão preventiva. Na ocasião, o suspeito disse ter recebido tampas no rosto.
“O Sindicato dos Policiais Civis expressa seu mais profundo pesar às famílias das vítimas e lamenta profundamente o fato de o Brasil ter chegado a tal ponto. Não culpamos o Ministério Público por cumprir seu dever, mas convocamos a sociedade e o legislativo federal à uma reflexão: é isso que realmente queremos? é isso que realmente defendemos?”, diz trecho do comunicado.
Para o sindicalista, está havendo uma inversão de valor.
“O cidadão comum concorda com o fato de um psicopata ao ser preso acusar quem o prendeu de maus tratos, agressão, tortura etc, e o policial ter que pagar advogado, responder processo criminal e administrativo, correr o risco de ser preso e perder o emprego, sendo que ao final caso seja absolvido, não aconteça NADA com o marginal que fez a denúncia? O dia em que a polícia desistir não haverá mais barreiras entre o marginal e o cidadão de bem”, pontuou.
