A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de orientar o retorno de senadores titulares para garantir votos ao senador Davi Alcolumbre (UB-AP) na eleição para a presidência do Senado, marcada para este sábado (1º), gerou desconforto entre senadoras suplentes. Apesar das declarações públicas de apoio de Margareth Buzetti (PSD-MT), Jussara Lima (PSD-PI) e Augusta Brito (PT-CE), o governo priorizou a presença dos titulares homens, como Carlos Fávaro (PSD-MT), Wellington Dias (PT-PI) e Camilo Santana (PT-CE).
A situação se tornou ainda mais delicada ao manter o suplente Fernando Farias (MDB-AL) no cargo, sem exigir o retorno do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL). A decisão reforçou a percepção de que as suplentes mulheres enfrentam uma desconfiança implícita em suas capacidades, enquanto um suplente homem não foi questionado.
A movimentação levanta discussões sobre a representatividade feminina no Senado e o espaço efetivo dado às mulheres em posições de poder político, mesmo quando cumprem as mesmas funções institucionais que seus colegas homens.