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Último ano da gestão Emanuel Pinheiro coloca Cuiabá na pior posição fiscal entre capitais

Cuiabá encerrou 2024 sem caixa para pagar despesas, com investimentos em nível crítico e dívida bilionária acumulada
FOTO: LUIZ ALVES/SECOM CUIABÁ

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Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (18) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) revelou que Cuiabá teve o pior desempenho em gestão fiscal entre todas as capitais brasileiras em 2024. O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) apontou que a administração do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (PSD) encerrou o ano sem recursos suficientes para quitar despesas pendentes e com nível crítico de investimentos.

O indicador da capital mato-grossense ficou em 0,5237, abaixo da média nacional das capitais, que foi de 0,7888. No recorte de gastos com pessoal, Cuiabá alcançou 0,7169, mas foi zerada no quesito liquidez — que mede a capacidade do município de honrar seus compromissos financeiros. Isso significa que a cidade terminou 2024 sem caixa para cobrir os restos a pagar acumulados.

Em investimentos, o índice ficou em apenas 0,3781, classificando Cuiabá em situação fiscal difícil e a última colocada do ranking. A análise da Firjan mostra que a postergação de pagamentos sem cobertura financeira comprometeu a saúde das contas públicas.

Metodologia do levantamento

O IFGF varia de zero a um e leva em consideração quatro indicadores: Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. Resultados abaixo de 0,4 são considerados críticos; entre 0,4 e 0,6, em dificuldade; entre 0,6 e 0,8, boa situação; e acima de 0,8, excelência.

Na média, os municípios brasileiros alcançaram 0,6531 ponto, considerada uma boa situação fiscal. O grande destaque foi Vitória (ES), única capital a registrar nota máxima em todos os indicadores. Também aparecem no topo São Paulo (SP), Salvador (BA), Aracaju (SE), Belém (PA) e Manaus (AM), todas com desempenho de excelência em três indicadores e bons níveis de liquidez.

Dívidas em alta

Ao assumir o comando da Prefeitura, o atual prefeito Abilio Brunini (PL) decretou calamidade financeira por 180 dias. A medida foi tomada diante do aumento expressivo das dívidas, que saltaram para R$ 1,6 bilhão entre 2017 e 2024. De acordo com a atual gestão, nesse período as despesas da prefeitura cresceram 135%, enquanto a arrecadação avançou 115%, resultando na perda da capacidade financeira para manter e expandir serviços públicos de qualidade.

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