As articulações político-partidárias continuam a todo vapor. Afinal, 2022 é ano eleitoral. Milhares e brasileiros vão às urnas escolher deputados estaduais e federais, governadores, senadores e o presidente da República. Em Mato Grosso, a movimentação é grande. Toda roda de conversa acaba em política.
O PDT, do deputado estadual Allan Kardec, por exemplo, tem articulado chapas proporcionais e já declarou intenção de seguir com o governador Mauro Mendes (DEM), mantendo-se na base, caso ele confirme interesse na disputa. Mas, tem uma condição: Mauro precisa “olhar com mais carinho” para os servidores públicos. Afinal, Kardec, presidente estadual da sigla, é servidor de carreira da educação.
“É provável que o PDT tenha a possibilidade de seguir com o Mauro, mas nós temos pautas muito ligadas ao serviço público. Sou servidor. Temos muita força na Baixada Cuiabana, vice-prefeito, vereadores atuantes. Caso o Mauro venha à reeleição, precisa sentar com o PDT e alinhar”, disse o deputado.
Vale ressaltar que em 2018, o partido indicou o vice-governador do estado, Otaviano Pivetta, hoje sem partido.
Na majoritária nacional, a tendência da sigla é fugir da chamada ‘federação partidária’; ferramenta aprovada pelo Congresso no ano passado, onde siglas de mesma ideologia podem concorrer juntas numa mesma eleição sem a partição de partidos de outros segmentos, como ocorre nas coligações.
O PDT terá Ciro Gomes novamente como candidato à presidência da República. O objetivo é fugir da polarização que envolve Lula e Jair Bolsonaro. Para Kardec, esta opção pode trazer algum benefício à candidatura de Mauro Mendes.
“Acho que isso pode ser uma certa vantagem para o Mauro. […] Uma terceira via atraí o voto de quem não vai brigar muito pelo presidente da República e sim por quem está pensando em Mato Grosso. […] Acredito que o Ciro seria uma grande opção para o governador apoiar”, completou.