Por: Robson Fraga
O caso de suposto assédio sexual que envolve o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) ,Marcos Catão Dornelas Vilaça, e uma ex-servidora do Estado, continua sendo investigado. O servidor está de férias e será ouvido assim pelo Governo de Mato Grosso assim que retornar, provavelmente na segunda-feira (18). Enquanto isso, segundo o governador Mauro Mendes (DEM), segue no cargo. A decisão é do governador Mauro Mendes e foi comunicada na tarde desta quarta-feira (13) à imprensa
“As providencias sempre serão tomadas, mas nunca ao arrepio da lei e daquilo que é correto. As pessoas serão ouvidas, existe um inquérito que está aberto e vai ser apurada a verdade. Agora, eu não tomo decisões sem ter clareza dos fatos e das decisões. Não é porque alguém denunciou alguém, não é porque alguém falou. Nós vamos verificar os fatos. Tem áreas do governo para fazer isso, isso está sendo feito”, afirmou Mauro na noite desta quarta-feira (13), em coletiva de imprensa no Palácio Paiaguás.
“Eu tomei conhecimento disso essa semana pela mídia. Ele está de férias, está, portanto, afastado, ele retorna segunda-feira, vai ter oportunidade de se explicar, dependendo do que ele conversar com as áreas técnicas do Governo, alguma decisão poderá ser tomada”, completou Mauro Mendes.
O caso
Uma servidora do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) acusou o presidente do órgão, Marcos Catão Dornelas Vilaca de assédio sexual. O caso aconteceu em novembro, mas só foi divulgado nesta semana. Segundo informações do boletim de ocorrência, ela pediu exoneração do cargo após o episódio sofrido.
O boletim de ocorrência foi registrado em novembro. Conforme relata no documento, a vítima trabalhava com o presidente, sendo necessário entrar diversas vezes em sua sala para servir café, mostrar o cardápio e outras atividades alheias. O assédio sexual aconteceu em um dos dias em que ela precisou entrar na sala para repor as garrafas d’água, quando ele passou a dar investidas verbais, realizando também ato obsceno.
Mesmo com a situação, a vítima foi trabalhar no dia seguinte, mas só tomou coragem para fazer uma denúncia após relatar ao seu pai o que aconteceu. Ele também a encorajou para pedir desligamento do Indea, como incentivou o registro do boletim de ocorrência para evitar que outras mulheres passassem pela mesma situação que ela.