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Cartório usado como fábrica clandestina de suplementos é interditado em Cuiabá

Produtos eram fracionados e reembalados em vasilhames com rótulo próprio da empresa

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A Polícia Civil, em ação conjunta com a Vigilância Sanitária de Cuiabá, interditou uma fábrica clandestina de suplementos alimentares que operava irregularmente na capital. A fiscalização ocorreu na manhã desta sexta-feira (5) e foi conduzida pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon).

A equipe vistoriou dois endereços ligados à mesma empresa, que operava com dois CNPJs distintos. No imóvel onde deveria funcionar a fábrica, os policiais civis encontraram apenas um depósito de documentos de um cartório da cidade. Funcionários do cartório afirmaram desconhecer qualquer vínculo com a empresa investigada.

A situação mais crítica foi registrada no segundo endereço, oficialmente registrado como loja. No piso superior, os agentes localizaram salas improvisadas repletas de caixas com sachês de chás fracionados e cápsulas sem qualquer identificação oficial de procedência ou composição.

De acordo com o delegado Rogério Ferreira, os produtos eram divididos e reembalados em frascos com rótulo próprio da empresa, sem controle técnico ou autorização sanitária. As equipes também identificaram etiquetas de validade, lote e data de fabricação inseridas manualmente, além de adesivos que indicavam falsa aprovação da Anvisa.

Os fiscais confirmaram que a empresa não possui autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para fabricar, manipular, fracionar ou acondicionar suplementos alimentares. O estabelecimento também não tinha alvará sanitário municipal.

Diante das irregularidades, a Vigilância Sanitária interditou o local e apreendeu todos os produtos. Os responsáveis foram intimados a apresentar documentos que comprovem a origem das substâncias e laudos que indiquem sua composição.

O delegado Rogério Ferreira informou que foi instaurado inquérito para apurar possíveis crimes de falsificação, adulteração ou alteração de produtos alimentícios. As penas podem chegar a oito anos de prisão, além de multa.

A Polícia Civil segue com as investigações.

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